quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tendão de Aquiles

Uma lesão no tendão de Aquiles é muito comum, principalmente quando falamos de um esporte como a corrida, que tanto solicita a função do músculo da panturrilha. Estima-se que 11% de todas as patologias de corredores estão relacionadas ao tendão de Aquiles.

É um grande e calibroso tendão que se localiza atrás do tornozelo, ligando os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar. Ele fornece força na fase de impulso, pois sua função é levar a ponta do pé para baixo, ou seja, nos ajuda ficar na ponta do pé (flexão plantar) ou saltar.


É formado por um tecido inelástico, composto, na sua maior parte, por colágeno, porém é pobre em suprimento sanguíneo. São as fibras colágenas que dão resistência às trações sofridas pelo tendão.

Durante a corrida ou atividades que incluem saltos, o tendão de Aquiles sofre forças de tensão repetidas por contração e estiramento dos músculos da panturrilha, e isso pode facilitar o aparecimento de lesões por falta de oxigênio (hipóxia).

Uma lesão no tendão de Aquiles pode causar desde um processo degenerativo ou inflamatório até uma ruptura, parcial ou total. A inflamação no tecido que envolve o tendão é chamada de paratendinite. Já a inflamação ou degeneração sofrida pelo próprio tendão é conhecida popularmente como tendinite de Aquiles (atualmente conhecida por tendinose de Aquiles).

Sinais e sintomas

Os sintomas podem acometer somente um lado ou bilateralmente. A dor geralmente se localiza de 2 a 6 cm acima do calcanhar.

Como estamos falando sobre lesões do tendão de Aquiles e estas incluem desde um processo inflamatório numa fase inicial até uma lesão completa do tendão, é importante salientar que os sintomas podem ser parecidos, apesar das lesões se diferenciarem, como nos casos das tendinoses e rupturas parciais. Por isso, é importante a consulta com um especialista para que seja feito um diagnóstico correto e um tratamento adequado.

No caso de uma lesão aguda os sintomas se manifestam com as seguintes características:

- Dor no tendão durante os exercícios. Melhora com o repouso. A dor aparece gradualmente durante os exercícios, podendo até diminuir ou desaparecer ao longo da corrida. 

- Edema (inchaço) sobre o tendão.

- Vermelhidão sobre a pele, no local da lesão.

- O atleta pode sentir um rangido quando pressiona seu dedo no tendão ou move seu pé.

- As dores experimentadas na fase aguda da patologia tendem a desaparecer após um aquecimento antes da corrida, mas retornam quando a atividade é interrompida.

A tendinose ou ruptura crônica é uma condição difícil de tratar, particularmente em atletas mais velhos que parecem sofrer mais desta patologia. Porém, se não tratada, os sintomas pioram até ficar impossível correr.
Os sintomas são parecidos com a fase aguda, só que mais presentes ou intensos:

Nos casos de ruptura do tendão, o atleta poderá sentir um estalo que, muitas vezes, se descreve como uma sensação de ter levado uma pedrada na panturrilha ou um chute (síndrome da pedrada). Nos casos de ruptura total haverá impossibilidade de levantar o calcanhar do solo quando em pé ou de fazer o movimento como de acelerar quando sentado ou deitado. E no exame físico se percebe um "defeito" no local onde ouve a ruptura do tendão.

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